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  • Soteropolitano Notícias

Governo contrata empresa de forma emergencial para realizar escoramento de "Prédio da Balança"

Foto: Reprodução / arcoweb.com.br


A saúde de um dos mais tradicionais monumentos históricos do Centro Administrativo da Bahia (CAB.), o “Prédio da Balança”, parece não estar ótima. O governo da Bahia contratou um escoramento emergencial para o equipamento, construído pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, em 1974. 

Foto: Google Street View

 

O Bahia Notícias obteve a informação de que o gasto feito foi realizado mediante uma dispensa de licitação, pela secretaria de Administração, com a superintendência de patrimônio da pasta. A contratação, de forma emergencial, de empresa especializada na “prestação de serviços de escoramento da estrutura do Centro de Exposições — Prédio da Balança”. Ao todo, o contrato terá duração de 10 meses, com atividade no equipamento, totalizando R$ 1.781.921,96 pela realização do reparo. 

 

Especializado em arquitetura e engenharia, o portal Arch Daily indica que o edifício é inteiramente suspenso cinco metros acima do solo, com duas torres laterais idênticas, de onde partem tirantes que colaboram na estabilidade do edifício, que se desenvolve em balanços simétricos de volumes invertidos. “Em cada torre há um vazio cilíndrico cujo diâmetro mede quatro metros. Uma das torres abriga a escada; na outra torre foi instalada um elevador, que funciona por sistema hidráulico e suporta quarenta pessoas por viagem”, aponta o site. 

 

Os primeiros “problemas” estruturais já haviam sido divulgados pelo Bahia Notícias, em 2007. O engenheiro Antônio João Leite, apontou que, a estrutura da Balança, que é semelhante à da Estação da Lapa, poderia se romper. “Aquilo é uma ‘bomba-relógio’”, disse Leite, defendendo reparos na estrutura do edifício, localizado no CAB. 


MEMÓRIA DA BAHIAO

O monumento foi executado em concreto aparente armado moldado in loco. A peça tem relação com um movimento arquitetônico, o “brutalismo”, que surgiu no início do século XX e alcançou seu auge nas décadas de 1950 a 1970. Sua estética ousada e impiedosa, caracterizada pelo uso de concreto bruto e aparente nas obras. 

 

O local possui uma planta retangular de cinquenta e dois metros de comprimento por nove metros de largura. Nele, estão instalados o salão expositivo, a leste, e o anfiteatro, na extremidade oeste, cujo volume define um tronco de pirâmide invertida. O salão expositivo tem cobertura em forma piramidal, que ilumina o recinto mediante uma claraboia. O pé-direito médio da área expositiva mede seis metros, segundo especialistas. 

 

Foto: Google Street View

 

O anfiteatro possui um piso que desce níveis escalonados e consecutivos, e moldam os degraus. Os assentos acompanham o delineado e encostam-se nos próprios degraus. Tem capacidade para cinquenta pessoas. No piso inferior enterrado estão as dependências dos funcionários e as áreas técnicas, como a torre de refrigeração e a subestação de energia.

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