top of page

Porta para crianças ampliarem universos, autora Emília Nuñez celebra Literatura Infantil baiana

  • Soteropolitano Notícias
  • 18 de abr.
  • 3 min de leitura

Foto: Elói Correa / GovBA


Quantas histórias marcaram as gerações brasileiras ao longo dos anos? De 1920 a 2016, o Sítio do Pica Pau Amarelo e suas adaptações encantaram o público com a magia brasileira, com príncipe, marquês e personagens folclóricos… Não foi a única história que atravessou gerações, Menino Maluquinho, com sua panela na cabeça desde 1980, Turma da Mônica, Chico Bento… diversas obras mantiveram sua magia ao longo dos anos, em meio às páginas e às telas. 

 

Essas são apenas algumas histórias que fazem parte do conjunto mágico da Literatura Infantil brasileira, celebrada nesta sexta-feira, 18 de abril. Novas histórias surgiram, grandes autores criaram mundos, alcançaram novas crianças e contribuíram para a manutenção de mais gerações leitoras. 

 

Segundo o Catálogo Literário Bahia para as Infâncias 2024, da autora infantil Emília Nuñez, só no estado cerca de 122 livros foram publicados por autores baianos no ano passado. A própria Emília, vencedora do Prêmio Jabuti 2023, na categoria infantil, com o livro “Doçura”, ilustrado por Anna Cunha, possui mais de 20 livros publicados para o público infantil.

 

Em Doçura, Emília trata justamente da formação do leitor e a importância da leitura na infância. Ao Bahia Notícias, a autora falou sobre o assunto. “A gente lê para uma criança, com uma criança, a gente presenteia ela com nossa presença, a gente presenteia com palavras”, explicou. 


A autora, que também é sócia da Editora Tibi, explicou que a leitura na infância é importante para constituição do futuro dessa criança. “Isso vai fortalecendo a identidade dessa criança, vai fortalecendo a empatia, porque nas histórias, a gente pode conhecer histórias muito parecidas com a nossa vida, mas a gente também pode conhecer histórias muito diferentes”, contou ao Bahia Notícias.


Emília explicou que, por se tratar de um público especial, é importante que o autor não tenha medo de tocar em nenhum tema. “Eu acho que os autores e também os pais, professores que leem, elas têm que ter essa confiança assim de que a criança é um ser que pensa, que se comove e que se movimenta a partir das coisas que a gente conversa com elas”. 

 

Conforme a 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura, do Instituto Pró-Livro (IPL), em 2024, 62% dos entrevistados, entre 5 e 10 anos, é leitor, entre 11 e 13 anos, são 81%. Entre 5 a 10 anos, os leitores teriam lido cerca de 7,27 livros no ano. Já na faixa entre 11 a 13 anos, leram 7,56 livros lidos. Segundo a pesquisa, são as faixas etárias que mais leram no país em 2024. 

 

Fora de casa, uma grande oportunidade de criar um contato maior entre as crianças e a literatura é por meio de eventos literários, lançamentos de autores do gênero e bibliotecas. Em Salvador, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, da Fundação Pedro Calmon, possui uma área de leitura e acervo especial para crianças, além de oferecer ações culturais. 

 

Pela Bahia, cerca de 80 festas literárias são esperadas para 2025. De acordo com Emília, esses momentos de interação entre o leitor mirim e o autor proporcionam uma sensação de importância para a criança. 

 

“Quando a criança conhece o autor, primeiro ela se sente muito importante e depois ela percebe que ela também pode escrever um livro. Porque antigamente a gente ficava muito distante dos autores, parecia que era algo inacessível e hoje, quando você encontra um autor perto, numa feira literária, num lançamento de livro, na escola, as pessoas pensam ‘puxa, eu também posso escrever’”, compartilhou Emília. 

Comments


bottom of page