O cavalo Caramelo se tornou um dos símbolos da tragédia no Rio Grande do Sul. Ele foi salvo por bombeiros de São Paulo
Uma pintura que retrata o cavalo “Caramelo” — como vem sendo chamado o animal resgatado de cima de um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul — foi leiloada por R$ 130 mil, com o objetivo de ajudar as vítimas das enchentes no estado. O cavalo tornou-se um símbolo de resistência do povo gaúcho, e o resgate do equino mobilizou o país.
A tela tem 56 centímetros de largura por 47 centímetros de altura. A pintura com tinta acrílica e aquarela foi leiloada ao lado de uma poesia do compositor e pecuarista Gujo Teixeira. A obra foi produzida pelo artista argentino José Acuña.
Resgate emocionante
Caramelo foi salvo pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo em uma operação emocionante, transmitida para todo o país ao vivo na televisão. A força-tarefa foi montada com a participação de veterinários e liderada pelos bombeiros paulistas.
O animal foi flagrado se equilibrando no telhado de uma casa praticamente submersa pela água. A retirada do cavalo do local teve a colaboração de 11 pessoas e cinco botes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os profissionais se deslocaram até a região em que o cavalo estava ilhado com duas embarcações. Ele se encontrava a 4 km do ponto inicial do alagamento.
Para o salvamento do animal, foi necessário sedá-lo, com o objetivo de evitar que ele se machucasse ou ficasse nervoso com a presença dos humanos. Com o auxílio de um veterinário, a sedação foi aplicada.
O animal de 350 kg foi deitado no bote e seguiu por quase meia hora num percurso de 4 km até chegar ao ponto seco da cidade. No local, uma viatura do Corpo de Bombeiros de São Paulo puxou o bote até um caminhão da Brigada Militar. O animal, ainda sedado, foi levado até a Ulbra para receber os cuidados necessários.
O cavalo teve um quadro de desidratação, mas passa bem. Até o momento, não surgiu um responsável pelo bicho. Caso não apareça alguém que comprovadamente o seja, é provável que Caramelo fique de vez na Ulbra, numa fazenda-escola do Hospital Veterinário da universidade, vizinha a ele, e onde vivem outros animais resgatados.
Comments