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  • Soteropolitano Notícias

Quatro a cada 10 mulheres já foram assediadas na rua, mostra pesquisa


Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em 2022, 46,7% das mulheres brasileiras de 16 anos ou mais sofreram alguma formade assédio sexual, aponta pesquisa “Visível e Invisível”, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto ao Instituto Datafolha e com apoio da Uber. De acordo com o levantamento, a conduta mais frequentemente citada pelas vítimas foi a cantada e os comentários desrespeitosos na rua, experimentado por 4 em cada 10

mulheres (26,3 milhões).


A segunda forma de assédio mais frequente foi a cantada ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho, citado por 18,6% da população feminina (11,9 milhões), seguido doassédio com contato físico no transporte coletivo, lembrado por 12,8% das mulheres (8,2 milhões). Se o imaginário popular tende a pensar o assédio sexual como algo restrito a festas ou bares, é interessante notar que os três locais mais frequentemente citados são a rua, o trabalho e o transporte público. 


Ser tocada contra a sua vontade em uma festa ou balada apareceu em quarto lugar, citado por 11,2% das entrevistadas, o que corresponde a 7,2 milhões de mulheres. Conforme os dados coletados, 8% das entrevistadas afirmaram que alguém tentou se aproveitar delas por estarem alcoolizadas (5,1 milhões), 7,4% relataram ter sido assediadas em transporte por aplicativo, como Uber, 99 táxi e outros (4,7 milhões) e 6,2% foram agarradas e/ou beijadas à força (3,9 milhões). 


Em comparação com as pesquisas anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado. A pesquisa ouviu 2017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023.


Mulheres negras 

A prevalência por perfil racial indica maiores níveis de vitimização entre mulheres negras (49,1%) do que entre brancas (42,2%). As mulheres pretas foram as mais vulneráveis ao assédio sexual no último ano, ou seja, mais da metade deste grupo populacional sofreu alguma forma de assédio sexual (52,3%). 


O assédio sexual é uma expressão da violência sexual, caracterizada como manifestação sensual ou sexual, alheia à vontade da pessoa a quem se dirige. Configuram atos de assédio abordagens grosseiras e comentários obscenos, ofensas e propostas inadequadas que constrangem, humilham, amedrontam, ou seja, que não contam com o consentimento da outra parte

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