De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central, a taxa média de juros para famílias atingiu o patamar de 59,7% em abril, registrando um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esse é o maior nível desde agosto de 2017, quando foi registrada uma alta de 62,31% ao ano. Esses dados levam em consideração o crédito livre, que são as linhas de crédito sem subsídios.
Por outro lado, os juros pagos por empresas tiveram uma leve redução de 0,2 pontos percentuais no mês, ficando em 23,9%.
Essa situação se agrava diante da manutenção da Taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, em 13,75% desde agosto de 2022. Além disso, outro fator que contribui para o aumento do custo do crédito é o crescimento da inadimplência, o que aumenta o risco para os bancos e instituições financeiras nas operações de crédito.
Em abril, as concessões nominais de crédito alcançaram o valor de R$434,6 bilhões. Considerando as séries com ajuste sazonal, houve uma diminuição de 1,2% no total de novas contratações no mês, com reduções de 0,4% tanto nas operações realizadas com empresas como nas realizadas com as famílias.
Na comparação interanual, as concessões nominais em abril tiveram um aumento de 12,6%, com uma expansão de 9,1% nas contratações com pessoas jurídicas e de 15,6% com as pessoas físicas.
Esses dados refletem um cenário desafiador para as famílias e empresas, com taxas de juros em alta e custo de crédito elevado. A situação exige uma análise cuidadosa das finanças e um planejamento adequado para evitar dificuldades financeiras.
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